segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DITADURA BOLIVARIANA SE APROXIMANDO DO BRASIL.

 Um dia eles quiseram submeter o STF às decisões do congresso (PEC 33), como não sou juiz não me incomodei. No segundo levaram o Ministério Público (PEC 37), como não sou promotor, não liguei. No terceiro dia lavaram a AGU (PLC 205), como não sou advogado da união, nem me importei. No quarto dia acabaram com a lei da Improbidade (PEC 105/13), como não sou funcionário público, nem liguei. No quinto dia tentaram tirar minha liberdade da Internet com a implantação dos DATACENTERS (Lei do Marco Civil da Internet). Como não uso a internet, nem me incomodei. No sexto dia ampliaram a lei do Marco Civil da Internet e criaram a lei das comunicações, acabando com todas os grandes conglomerados de Tv, radios e jornais do Brasil. Eu não me posicionei nem falei nada pois trabalho para nenhum meio de comunicação. No sétimo dia fizeram o decreto para criação dos conselhos populares oficializando de vez o uso da maquina do governo pelo partido político (Decreto lei 8243), como não me preocupa a ditadura do proletariado, nem liguei. No oitavo dia unificaram e reduziram o poder da polícia e do exercito (Lei da unificação das forças). Como não sou policial nem militar, nem me incomodei. No oitavo dia, já não existia ninguém para me socorrer. Bem vindo à Ditadura. 

Quero lembar ao Brasil que os próximos passos do PT para consolidar a ditadura do proletariado serão, primeiro a exacerbação das polarizações de classes, o aprimoramento das ongs como doutrinadores do estado, a formatação definitiva dos conselhos do povo, o enfraquecimento e dizimação paulatina dos meios de comunicação com a implantação da lei da "quebra do monopólio das grandes cadeias de comunicação" que com certeza será criada depois da consolidação dos conselhos populares e que decidirão por plebiscito a formação desta lei e finalmente o controle total dos aparelhos repressivos de estado, "forças armadas e judiciário". Aí não faltará nada para o governo bolivariano de Dilma dizimar as classes média e alta. Aguardem, tudo acontecerá dessa maneira. O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.


(autor desconhecido)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O ESTADO SIONISTA DE ISRAEL





O Sionismo é um movimento político internacional judaico, que resultou na criação do Estado de Israel. A ONU, em 1947, dividiu a antiga Palestina em um território judeu e um território palestino. Os países árabes vizinhos (Egito, Síria, Jordânia e Iraque) não aceitaram a decisão da ONU e empreenderam uma guerra contra os israelenses, logo após a criação do Estado de Israel, em 1948. Após derrotar os árabes nessa 1ª guerra, Israel aumentou em 50% seu território, ocasionando a diáspora palestina. Na Guerra de 1967, aumentou a diáspora palestina, quando Israel tomou toda a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia (incluindo a parte Oriental de Jerusalém) e as Colinas de Golã.

Com um acordo entre Israel e os palestinos, iniciado em 1993, Gaza e algumas cidades da Cisjordânia, como Jericó, Hebron, Ramallah e Belém, começaram a ser transferidas para a Autoridade Palestina, porém o conflito entre Israel e os palestinos continua até hoje, com a retomada da 2ª intifada em 2000, tendo em vista o não cumprimento de uma agenda que previa a devolução de toda a Cisjordânia à Autoridade Palestina, e devido à “intransigência” dos palestinos, que querem fazer de Jerusalém-Oriental sua futura capital.

Antecedentes

A 1ª diáspora ou dispersão judaica (exílio) ocorreu em 586 a.C., quando o imperador babilônico Nabucodonosor II destruiu Jerusalém e o Templo de Salomão, e deportou os judeus para a Babilônia (586-538 a.C.).
A 2ª diáspora judaica começou a partir de nova destruição de Jerusalém e do 2º Templo (que havia sido reconstruído por Herodes), realizada por Tito em 70 de nossa era, e encerrou-se em 135, depois que os judeus se revoltaram contra a paganização da cidade de Jerusalém, feita pelo Imperador Adriano, com um templo dedicado a Júpiter. Após essa revolta, os judeus remanescentes na Palestina foram proibidos de pôr os pés na Cidade Santa, que passa a se chamar Aelia Capitolina, e começam e se espalhar por todo o mundo, ficando um número insignificante deles na Terra Santa. Em 637, começa o domínio árabe sobre a Palestina, permeado por um curto domínio do Reino Latino (dos Cruzados), de 1099 a 1291, o qual foi desbaratado por Saladino, Sultão do Egito. A partir do início do século XIV, a Palestina se torna parte do Império Otomano, até o fim da I Guerra Mundial (1918), quando se torna Protetorado Britânico, que perdurou até a criação do Estado de Israel.

Sionismo

O Sionismo, ideologia nacionalista que prega a volta dos judeus à Palestina, começa a tomar corpo principalmente depois das perseguições movidas contra os judeus na Rússia, devido ao envolvimento da judia Vera Figner no assassinato do Czar Alexandre II, em 1881, e do processo na França contra o Capitão Dreyfus, de família judaica, condenado em 1894 por um crime que não cometera. O judeu húngaro Theodor Herzl, autor do livro "Der Judenstaat" (O Estado Judeu), no qual aborda idéias de assentamentos judaicos na Palestina, observando a intolerância contra os judeus na sociedade, especialmente o Caso Dreyfus, organiza, em agosto de 1897, o 1º Congresso Sionista Mundial, na Basiléia, Suíça, ocasião em que afirma: "O sionismo é o movimento do povo judeu em marcha para a Palestina; mas, o retorno à Palestina deve ser precedido pelo retorno do povo judeu ao judaísmo". O Congresso Sionista reuniu 204 dirigentes judeus do mundo todo e as seguintes resoluções secretas foram tomadas em 3 dias de debates:

"1) Estimular a colonização da Palestina, povoando-a de judeus, mediante uma emigração metodicamente organizada; 2) Organizar o movimento judeu, unificando suas formações espalhadas pelo mundo; 3) Despertar, reforçar e mobilizar a consciência judia em todas as comunidades; 4) Atuar nos diferentes Estados para obter o apoio e a anuência dos mesmos para o movimento sionista" (Hussein Triki, in "Eis aqui Palestina", pg. 53).

"Quanto a Herzl, fixou, por sua vez, as fronteiras do Estado, como segue: vão do Nilo ao Eufrates e da margem direita do Nilo ao Mar Vermelho e a margem esquerda do Eufrates, a maior parte do Iraque e a totalidade da Jordânia e da Síria, sem falar, naturalmente, da Palestina" (Hussein Triki, op. cit., pg. 67).

Assim, a partir do Congresso Sionista, começa a ocupação judaica da Palestina, a "Eretz Israel" ou a "pátria histórica dos judeus", embora outros países fossem propostos para a criação de um novo Estado judeu, como a Argentina, o Chipre, Uganda e até o Sinai (Egito).

Em 1880, havia cerca de 20.000 judeus na Palestina (Dictionaire Diplomatique, pg. 204). Em 1914, cerca de 30 kibbutzim já se haviam estabelecido na Palestina, somando 40.000 judeus, embora houvesse crescente restrição dos otomanos. Em 1919, já eram 56.000 (Survey of Palestine, TI, pg. 144). Em 1923, após o recenceamento da Administração Herbert Samuel, a Palestina contava com 757.000 hab, dos quais 83.000 eram judeus. A colonização era feita, principalmente, por meio dos "kibbutzim", colônias agromilitares de inspiração socialista. Afirmou H. Samuel: "A política que tenho a missão de implementar no nome de S. M. compreende o fomento da imigração judia até o ponto em que haja alcançado um nível tal que permita afirmar o direito dos judeus de criar um governo judeu na Palestina".

Entre 1920 e 1925, a Administração H. Samuel, em cooperação com "El Kahal", havia introduzido na Palestina 50.000 imigrantes judeus, que vieram principalmente da Rússia e da Polônia. Entre eles destacam-se: David Ben Gurión, Golda Meir, Jacobo Shapiro, Haim Gebai, Mordkhai Bentof, Moshe Sharet. Ao final do Mandato britânico, eram 600.000 judeus. Em 1916, os sionistas eram proprietários de 241.000 dunums (1 dunum = 1.000 m²); em 1947, de 1.850.000 dunums.

A criação do Protetorado Britânico sobre a Palestina, depois da I Guerra Mundial, realizada pela Liga das Nações (precursora da ONU), e a posterior criação do Estado judeu, foi uma traição da Grã-Bretanha ao acordo firmado com o Príncipe Faiçal, da Arábia Saudita, na Campanha Árabe contra os turcos, durante I Guerra Mundial, no qual se garantia "a unidade dos países árabes e a independência de todos esses países" - traição essa já vislumbrada por "Lawrence da Arábia" em seu livro "Os Sete Pilares da Sabedoria", embora não conhecesse o conteúdo do Acordo Sykes-Picot. Lawrence era um oficial inglês, amigo dos árabes, e participou da campanha contra os turcos para a libertação da Península Arábica, Palestina e Síria.

Em 1916, o acordo "G.S.I(j)" foi firmado entre os sionistas e o Comando britânico na zona do Oriente Médio, pelo qual os britânicos armaram as brigadas da Hagganah - embrião do futuro Exército de Israel - e ficaram encarregados de seu adestramento na guerrilha.

Em 1917, David Ben Gurión e Isaac Ben Zvi formam nos EUA uma brigada de voluntários judeus americanos para combater os turcos no Egito e na Palestina. Durante a II Guerra Mundial, a Hagganah tinha cerca de 30.000 militares, entre os quais Moshe Dayan, herói da "Guerra dos Seis Dias", de 1967.

No dia 2 de novembro de 1917, o Governo britânico reconheceu a "Declaração Balfour" - de seu Ministro do Exterior, Arthur James Balfour - que concedia o direito do estabelecimento de um "lar judeu" na Palestina. No entre-guerras, o Mandato britânico permitiu aos sionistas montar uma indústria bélica, que chegou a produzir "200 metralhadoras por dia, 400.000 cartuchos calibre 9 mm por mês, 150.000 obuses e 30.000 granadas calibre 3 polegadas; sem contar os morteiros pesados e leves e uma indústria muito adiantada de mina". (Hussein Triki, op. cit., pg. 121).

Nessa época, milhares de judeus europeus imigraram para a Palestina, fugindo do nazismo, ocasião em que aumentaram os distúrbios entre árabes e judeus, e surgiram os primeiros grupos terroristas judeus, como o Irgun de Menachen Begin. O hebraico ressurgiu como língua oficial para os judeus na Palestina, graças principalmente ao trabalho de Eliezer Ben-Iehudá.

Com o fim da II Guerra Mundial e os horrores do holocausto judeu, o movimento sionista passou a exercer uma maior pressão internacional para a criação de um Estado judeu. No dia 2 de abril de 1947, a Grã-Bretanha solicitou ao Secretário-Geral da ONU, Trygve Lie, a convocação de uma sessão extraordinária da Assembleia-Geral da organização, para estudo da "Questão Palestina". Em 28 de abril, a AGNU reuniu-se e decidiu, em 5 de maio, criar a "Comissão Palestina", composta de representantes de 11 Estados-membros. No final de agosto, foram apresentados 2 projetos diferentes:

a) o projeto majoritário sugeria: 1) fim do Mandato britânico; 2) proceder à partilha da Palestina e criar nela um Estado judeu e um Estado árabe; 3) considerar a cidade de Jerusalém como zona internacional com o patrocínio da ONU.
b) o projeto minoritário previa: 1) fim do Mandato britânico; 2) criação de um Estado federal cuja capital seria Jerusalém, que se comporia de um Estado árabe e de um Estado judeu.

No dia 29 de novembro de 1947, na Assembleia-Geral da ONU, em Flushing Meadows, EUA, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha, foi votada a partilha da Palestina, quando 33 Estados votaram a favor, entre os quais EUA, Rússia e Brasil. Treze Estados (10 países islâmicos, Cuba, Grécia e Índia) votaram contra a partilha e 10 abstiveram-se (entre os quais Grã-Bretanha, Argentina, China e México). Os votos que decidiram a favor da partilha vieram do Haiti, Libéria e Filipinas - considerados países "satélites" dos EUA -, os quais eram inicialmente contra a partilha, mas foram pressionados a votar a favor. Jerusalém teria status de cidade internacional. A ONU destinou aos judeus as terras mais férteis da Palestina, como a planície costeira e a planície do Esdrelon, além do Lago da Galiléia. Embora a população árabe, na época da partilha, comportasse 2/3 da população total da Palestina, de 1.936.000 habitantes, a ONU lhe destinou apenas 42,88% do território, com terras arenosas e pobres.

No dia 19 de março de 1948, os EUA apresentaram um projeto ao CSNU, para que fossem suspensas as atividades referentes à partilha da Palestina, e que os árabes fossem convidados a concluir um armistício. Em 24 de março, a Agência Judia repudiou veementemente o projeto americano e que deveria ser posto fim ao Mandato britânico em 15 de maio, e solicita ser reconhecida como Governo de Israel.

No dia 9 de abril, ocorre o massacre de 250 palestinos na aldeia de Deir Yasin, próxima a Jerusalém, com anciões e crianças degoladas, mulheres grávidas estripadas. O bárbaro ato foi promovido por homens do Irgun e do Stern, sob o comando de Menahen Begin. Terroristas judeus já haviam assassinado 4 policiais em Tel Aviv, no dia 26 de setembro de 1947, e em 20 de outubro do mesmo ano haviam matado o Xeque Ahmed Salama Touiki e mais 4 membros de sua família, perto da localidade de Ranana.

No dia 14 de maio de 1948, em Tel Aviv, David Ben Gurión leu a proclamação do Estado de Israel. Oito horas após esse ato, o novo Estado de Israel foi invadido por tropas árabes do Egito, Síria, Jordânia e Iraque. Após essa guerra vitoriosa, Israel aumentou seu território em 50%. Os palestinos, em sua maioria, fugiram para a Jordânia, onde entraram em choque com o Exército local, culminando em 1970 num sangrento massacre de palestinos, conhecido como "Setembro Negro". Os sobreviventes foram expulsos para o Sul do Líbano, onde Yasser Arafat montou seu quartel-general, juntamente com outros grupos de resistência palestina.

Na guerra de 1948, Israel arrasou vilas inteiras dos antigos moradores árabes e proibiu o retorno dos mesmos após a guerra, iniciando-se a diáspora palestina. A parte árabe da antiga Palestina, que deveria formar o novo Estado palestino, foi anexada pela Jordânia em 1950. Israel entrou, ainda, em guerra com os vizinhos árabes em 1956, 1967 e 1973, vencendo sempre. Em 1967, em apenas 6 dias, Israel tomou toda a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, toda a margem oeste do Rio Jordão (Cisjordânia), Jerusalém-Oriental e as Colinas de Golã, na Síria. Foi o maior território já conquistado por Israel depois de 1948, aproximando-se do "Grande Israel" ou "Israel Bíblico" sonhado por Theodor Herzl. "

Nessa guerra, aumentou o terrorismo de Israel contra os palestinos dos territórios ocupados. Muitas aldeias foram destruídas pelos judeus, os tratores alisando o terreno, a população tendo que fugir para escapar do massacre. As terras dos 'ausentes' foram confiscadas para instalação de bases militares e assentamentos agrícolas. Formaram-se 'cinturões' de assentamentos judeus em torno das principais cidades da Cisjordânia, como Hebron, Belém, Ramallah, Jericó e Nablus, além de Jerusalém. De 1967 até 1983, foram instaladas 163 colônias agrícolas (kibbutzim) na Cisjordânia e 12 em Gaza. No Golã sírio foram estabelecidos 29 kibbutzim entre 1967 e 1980. Enquanto os colonos judeus na Cisjordânia podiam perfurar poços artesianos de até 300 m de profundidade, os palestinos só podiam atingir 100 m" (Félix Maier, in "Egito", pg. 153 e 154).

Após a Guerra do Yom Kippur, de 1973, iniciada pelo Egito e pela Síria contra Israel, é assinado o acordo de paz de Camp David entre egípcios e israelenses, em 1979, pelo qual Israel se compromete a devolver a Península do Sinai ao Egito, devolução essa efetuada somente em 1982.

Em 1982, durante a invasão israelense do Sul do Líbano, houve o massacre de Sabra e Chatila, sob a complacência do então Ministro da Defesa de Israel Ariel Sharon. Cerca de 800 refugiados palestinos foram massacrados, incluindo crianças e mulheres grávidas.

Entre 1948 e 1970, mais de 1.300.000 imigrantes judeus se instalaram na Palestina, aumentando a população judia de 700.000 para 3.000.000. A "Lei do Retorno" concede, ainda hoje, cidadania israelense a qualquer judeu no exterior que chegue para viver no país. Após o fim da URSS, houve grande fluxo de judeus russos a Israel, além de judeus africanos, como os "falashas" etíopes, atraídos pela política desenfreada de assentamentos do então Governo Yitzhak Shamir, auxiliado por seu Ministro da Habitação, Ariel Sharon, principalmente nos territórios ocupados.

Porém, após a Guerra do Golfo, em 1991, e especialmente com a nova situação política no Oriente Médio em direção à paz entre árabes e judeus, após o Acordo de Paz entre Israel e a OLP de Yasser Arafat, assinado no dia 13 de setembro de 1993, os EUA negaram um empréstimo a Israel de 10 bilhões de dólares, para congelar a política de rápida ocupação do solo da Cisjordânia. Entre 1990 e 1993, 550.000 imigrantes se estabeleceram no Estado de Israel. Em 1994, foram apenas 78.000.

A partir do Acordo de Paz de 1993, Israel cede a Faixa de Gaza e Jericó à Autoridade Palestina, embrião do que deveria ser um futuro Estado palestino. Devido a tal acordo, Yitzhak Rabin foi assassinado por um extremista judeu do Eyal, no dia 4 de novembro de 1995, da mesma forma que Anwar El-Sadat também o fora em 6 de outubro de 1981 por extremistas da Jihad Islâmica egípcia, por assinar um acordo similar com Israel.

Por Félix Maier 

Fonte: http://oportaldoinfinito.blogspot.com.br/2014/07/sionismo-e-resistencia-palestina.html

quarta-feira, 30 de julho de 2014

PARA ENTENDER OS DOIS LADOS - PALESTINOS X ISRAEL ou seria HAMAS X ISRAEL?

A escalada de violência que começou em junho deste ano entre Israel e palestinos é o terceiro conflito do tipo desde a tomada da Faixa de Gaza pelo grupo islâmico Hamas, em 2007.
As raízes do confronto são antigas. Ao longo dos anos, ambos os lados foram ampliando as demandas para uma paz definitiva. Entenda as exigências históricas e os argumentos de cada lado do confronto:
MOTIVOS DE ISRAEL
- O país afirma categoricamente que o Hamas é o responsável pelo sequestro e assassinato dos três adolescentes israelenses em 12 de junho.
- O Hamas não só atira foguetes de Gaza para o lado israelense, como também aumentou seu arsenal, que agora pode atingir o centro de Israel como nunca antes. Israel considera que não pode ficar parado em relação à situação.
- Israel alega que o Hamas esconde militantes e armas em locais residenciais em Gaza, por isso é necessário atacá-los, mesmo que isso signifique que civis estejam entre as vítimas.
- Para Israel, o Hamas é um grupo terrorista que não reconhece a existência do Estado de Israel e não aceita se desarmar.
MOTIVOS DOS PALESTINOS
- Um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém. A autópsia indicou que ele foi queimado vivo. Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime.
- A maioria dos palestinos considera o controle israelense sobre a Faixa de Gaza abusivo e a situação humanitária insustentável. Os moradores dependem de Israel para ter eletricidade, água, meios de comunicação e até moeda.
- Nos confrontos entre Israel e o Hamas, a força de ação do exército israelense é desproporcionalmente maior. Em todos os confrontos até agora, o número de mortes do lado palestino foi muito maior.
- Israel deteve centenas de militantes do Hamas em sua grande busca na Cisjordânia pelos três israelenses sumidos no mês passado.
mapa gaza 19/11 (Foto: 1)
Veja abaixo perguntas e respostas sobre o conflito atual no Oriente Médio:
Como começou o confronto?
A mais recente escalada de violência começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses na Cisjordânia. Israel acusou o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do sequestro. O grupo islamita não confirmou nem negou envolvimento. Israel deslocou soldados para a área da Cisjordânia e dezenas de membros do Hamas foram detidos. Foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.
Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. A tensão aumentou, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia indicou que ele foi queimado vivo.
Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de revolta e protestos em Gaza.
No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes contra Tel Aviv. Após os bombardeios, Israel decidiu atacar Gaza por terra.
Por que Israel ataca a Faixa de Gaza com foguetes?
O ponto de vista israelense é de que o Hamas cresceu acostumado a lançar foguetes e nenhum país pode tolerar isso. Não fazer nada não é uma opção e atacar fortemente o grupo é a maneira que o governo enxerga de conseguir garantir sua paz. O Estado justifica a morte de civis nos bombardeios como fatalidades e culpa o Hamas por esconder militantes e armas em locais civis.
Como informa agência Associated Press, Israel afirma se esforçar para minimizar os "efeitos colaterais" ao emitir sinais de alerta para moradores e antecipar ataques grandes com bombas pequenas. Além disso, os israelenses veem o Hamas como um inimigo mortal que não pode ser tolerado e, devido a suas bases radicais islâmicas, há pouca chance de diálogo.
 
Como o Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza?
A Faixa de Gaza foi tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005 - embora boa parte das fronteiras e territórios aéreos e marítimos ainda sejam controlados pelos israelenses. Em 2007, o grupo Hamas - considerado terrorista por Israel - venceu as eleições parlamentares palestinas, fato não reconhecido pelo opositor Fatah. O racha na administração fez com que o Hamas controlasse a Faixa de Gaza e o Fatah ficasse a cargo da Cisjordânia. Desde então, Israel e o Hamas não dialogam.
Como convivem os habitantes da Faixa de Gaza com a situação?
Para os palestinos, a situação em Gaza é insustentável. Desde a tomada do poder pelo Hamas, Israel impede a passagem por terra no norte e leste, e pelo mar a oeste, bloqueando também as viagens aéreas. O Egito completa o cerco com um controle pesado das fronteiras com a Faixa de Gaza no sul. A região de 1,7 milhões de pessoas está lotada de favelas em um território de menos de 35 km de extensão e com poucos quilômetros de largura.
Para muitos palestinos, até mesmo os que não apoiam o Hamas, os meios não convencionais como foguetes contra os que eles enxergam como causadores de seus tormentos é uma resposta considerada aceitável. Com o fracasso dos últimos 20 anos de negociações de paz para conseguir formar um Estado independente palestino, alguns temem que a ocupação da Cisjordânia pode ser permanente e o que se tem é um cenário de desânimo e desespero.
Os israelenses apoiam os ataques a Gaza?
Há muita divisão em Israel, e é difícil falar em um "ponto de vista israelense" - mas isso não se aplica ao Hamas e a seus foguetes. Essa é uma oportunidade única para o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Muitos israelenses se opõem às suas políticas em relação aos palestinos em geral, e alguns realmente abominam seu apoio a novos assentamentos judaicos na Cisjordânia. Mas a vasta maioria dos israelenses não confia e se opõe ao Hamas - autores de vários ataques suicidas contra civis e detratores dos esforços de paz feitos pelos palestinos moderados. Para Netanyahu, cada derrota do Hamas é uma chance de popularidade.
O Mundo Árabe apoia o Hamas?
Políticos árabes condenam frequentemente Israel, mas poucos genuinamente morrem de amores pelo Hamas. O grupo palestino é parte de uma vertente política do Islã que, com as Revoltas Árabes, está sendo combatida em toda a região, primeiro no Egito (com a saída da Irmandade Muçulmana), mas também em países do Golfo. Até seu aliado Irã deixou de apoiá-lo e seus recursos estão se esgotando - enquanto vários países do Ocidente os consideram um grupo terrorista.
A Autoridade Palestina recentemente propôs um governo conjunto com o Hamas, mas a animosidade com o grupo secular Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, foi mais profunda. O Hamas não aceita as condições propostas pela comunidade internacional para ser um ator global legítimo: reconhecer Israel, aceitar os acordos anteriores e renunciar à violência.
Os ataques israelenses são desproporcionais?
Na batalha pela opinião pública, Israel pode ser uma vítima de seu próprio sucesso na prevenção de fatalidades internas. Seu potente sistema de defesa "Cúpula de Ferro" abateu inúmeros foguetes do Hamas, reduzindo a pouquíssimas as vítimas israelenses durante os três últimos conflitos contra o grupo islâmico. Já o ataque do Estado judeu é intenso e deixa centenas de vítimas - muitas delas civis - do lado palestino, o que pesa negativamente na opinião pública interna e internacional.
Muitos acreditam que o Hamas pouco se esforça em não provocar Israel. A opinião pública importaria menos na Faixa - que não é verdadeiramente uma democracia - do que em Israel e é pouco provável um cenário em que o Hamas seja derrubado pela população no momento.
*Com informações das agências Associated Press, Reuters e AFP.

0 que é o HAMAS?

29/07/2014 07h33 - Atualizado em 29/07/2014 07h46

Hamas, da primeira Intifada ao conflito com Israel

Grupo palestino que controla Gaza, não reconhece Israel, tem braço militar e político, e faz assistência social.

Da BBC
Integrantes do Hamas tomam o escritório do presidente palestino Mahmoud Abbas, em 2007 (Foto: AP)Integrantes do Hamas tomam o escritório do presidente palestino Mahmoud Abbas, em 2007 (Foto: AP)
O governo de Israel justifica a sua mais recente operação militar em Gaza - Borda de Proteção - afirmando que precisa se proteger de foguetes lançados em seu território pelo grupo palestinoHamas.
Mas a faceta militar é apenas dos rostos desta facção: o grupo militante, que controla a Faixa de Gaza e não reconhece a existência do Estado de Israel, é também um partido político e promove assistência social.
O Hamas é o maior dos vários grupos islâmicos militantes palestinos. Seu nome é a sigla em árabe para Movimento de Resistência Islâmica. A agremiação surgiu após o início da primeira Intifada (revolta palestina) contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, em 1987.
Em sua carta de fundação, o grupo estabelece dois objetivos: promover a luta armada contra Israel – missão conduzida por seu braço militar, as brigadas Al-Qassam – e realizar programas de bem-estar social.
Diferente do grupo palestino rival Fatah, que controla a Cisjordânia e concorda com uma solução para o conflito que envolva a criação de dois Estados – Israel e Palestina –, o Hamas defende a criação de um único Estado palestino que ocuparia a área onde hoje estão Israel, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.
Por essa razão, e por sua longa história de ataques e sua recusa em renunciar à violência, o Hamas é designado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia, Canadá e Japão. Para os países ocidentais, o Hamas está comprometido com a destruição de Israel.
Mas, para seus apoiadores, o Hamas é visto como um movimento de resistência legítima.
O grupo cresceu nos anos 1980 e 1990 como organização social nas cidades e campos de refugiados então sitiados pelas tropas israelenses. Nelas, o Hamas organizava clínicas e escolas para palestinos insatisfeitos com a ineficiente organização palestina controlada pelo Fatah, a Autoridade Nacional Palestina.
Desde 2005, o grupo está envolvido no processo político palestino, tornando-se o primeiro grupo islâmico no mundo árabe a conquistar o poder democraticamente (antes de tomar à força o controle da fortaleza de Gaza).
Chegada ao poder
O Hamas ganhou fama depois da primeira Intifada, como o principal opositor palestino ao processo de paz conhecido como os Acordos de Oslo.
Estas negociações, lideradas pelo governo do presidente americano Bill Clinton, previa a remoção gradual e parcial das tropas israelenses dos territórios ocupados, em troca de compromissos das autoridades palestinas de proteger a segurança de Israel.
Mas a continuada agressão entre israelenses e palestinos, os objetivos autodeclarados do Hamas de se opor à existência de Israel e não renunciar à violência, e a subsequente retirada de Israel do processo de paz, puseram as negociações a pique.
Em fevereiro e março de 1996 o Hamas cometeu uma série de atentados suicidas que causaram a morte de quase 60 israelenses. As ações foram uma retaliação contra o assassinato um de seus membros em dezembro de 1995.
Meses depois, os israelenses elegeram o linha-dura Binyamin Netanyahu – um claro oponente dos acordos de Oslo – como primeiro-ministro.
O fracasso dos acordos de Oslo, cujos objetivos não puderam ser reavivados no encontro de Camp David, em meados do ano 2000, e a segunda Intifada, iniciada meses depois, deram ao Hamas mais fôlego e influência.
Quando o grupo chegou ao poder nos territórios palestinos em 2006, obtendo uma vitória impressionante nas eleições do Conselho Legislativo Palestino (PLC), a mesa estava posta para disputas com a facção rival, Fatah, liderada pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
A Autoridade Palestina é formada principalmente por nacionalistas palestinos seculares que acreditam em um acordo definitivo com Israel para a criação de dois Estados. Desde a morte do líder da Fatah, Yasser Arafat, em 2004, a Autoridade Palestina era controlada por Mahmoud Abbas.
Hamas e Fatah formaram um governo de união nacional em março de 2007. Pouco depois, Abbas dissolveu o governo.
Mas em junho de 2007, confrontos mortais entre as duas facções se intensificaram. Alegando que forças do Fatah estavam planejando um golpe, o Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza à força. A Cisjordânia permaneceu sob o controle do Fatah.
Israel e Egito iniciaram um bloqueio às fronteiras de Gaza que permanece em vigor até hoje.
Ataques a Israel
Abbas sempre viu o lançamento de foguetes do Hamas contra Israel como algo contraproducente, causando relativamente poucos danos a Israel, mas provocando uma dura resposta por parte dos militares israelenses.
Para tentar eliminar o Hamas, Israel já realizou três grandes ações militares na região: Operação Chumbo Fundido, em dezembro de 2008, a Operação Pilar de Defesa, em novembro de 2012, e a Operação Borda de Proteção, em julho de 2014.
As ofensivas foram precedidas de escaladas na luta transfronteiriça, com dezenas de ataques com foguetes a partir de Gaza e ataques aéreos contra a região por parte de Israel.
O Hamas saiu dos conflitos de 2008 e 2012 degradado militarmente, mas com apoio renovado entre os palestinos em Gaza e na Cisjordânia, por ter confrontado Israel e sobrevivido.
Apesar das várias operações israelenses, e também das tentativas de repressão da própria Autoridade Nacional Palestina, o Hamas encontrou nas ações violentas um efetivo poder de veto sobre o processo de paz.
Primeiro com os atentados suicidas realizados nos anos 1990 e início dos anos 2000 e, mais recentemente, os lançamentos de foguetes contra Israel.
Muitos palestinos veem nessas operações uma forma legítima de lutar contra o que consideram uma opressão israelense. Por isso, o Hamas sempre se esquivou de assinar um cessar-fogo permanente enquanto Israel ocupar os territórios palestinos - embora tenha havido momentos mais calmos na turbulenta história desta relação.
O grupo continuou a lutar sob o bloqueio imposto em conjunto por Israel e Egito a Gaza, mas ficou mais isolado após se desentender com potências regionais na esteira da Primavera Árabe.
A derrubada do presidente egípcio, Mohammed Morsi, um aliado-chave, em julho de 2013 foi mais um golpe.
Em abril de 2014, o Hamas concordou com um acordo de reconciliação Fatah, que levou à formação de um governo de unidade nacional.

O QUE É O HAMAS?

sexta-feira, 4 de abril de 2014

DEUS, UM DELÍRIO


quinta-feira, 3 de abril de 2014

OLAVO DE CARVALHO RESPONDE A UM PROFESSOR

MENSAGEM DE UM ALUNO
Professor,
Sou aluno do 3º Período do Curso de Ciências Sociais da (...) Admiro seu trabalho a 1 ano e estou amadurecendo a ideia de me tornar aluno do Seminário de Filosofia, o que me impede é o tempo. Hoje na aula de História Moderna uma colega minha expôs para toda a turma a minha admiração pelo seu modo de pensar, prontamente os colegas começaram a me olhar com olhar de reprovação. O professor desta disciplina, estava presente em sala e ao ouvir o comentário da minha colega, começou a se dirigir a mim de maneira debochada sobre as denuncias que o senhor faz a 20 anos, perguntas do tipo: "Você realmente acredita que há uma conspiração revolucionária gramsciana em andamento no Brasil?" ou "Você é tolo ao ponto de acreditar que estamos sob uma ditadura petista?". O professor seguiu rompendo com toda q qualquer ética profissional e passou a alvejar a sua pessoa, atribuindo adjetivos como alarmista, fascista e reacionário e dizendo que o senhor é maluco, mas admitia que é um bom professor de Filosofia e portador de uma erudição impar (inclusive ele disse que a mãe dele foi sua aluna no COF). Fiquei muito constrangido e sem resposta devido ao estado de choque que me encontrei em ver um professor universitário me admoestando por minhas preferências politico-filosóficas. Um único colega mais conservador (por minha influencia) veio em minha defesa e indagou qual é o problema de gostar do senhor e sobre a necessidade de alguém "esculachar" o senhor devido a idéias divergentes, encerrando a discussão e deixando o professor e os colegas mais falantes sem respostas. Com o ocorrido pude ter certeza da veracidade de tudo o que é dito pelo senhor a respeito da infiltração esquerdista no meio acadêmico e senti na pele a discriminação praticada por esse grupo (já havia sofrido anteriormente pelo fato de ser Espiritualista e Cristão, mas nunca na intensidade do evento de hoje). Gostaria de alguma orientação a respeito de como proceder no meu próximo encontro com este professor ou algum artigo seu que eu possa mostrar para a turma o quanto eles reproduziram em todos os aspectos tudo o que o senhor denuncia.
RESPOSTA
Prezado X.,
Distribua na classe e leia em voz alta, diante do seu professor, a mensagem abaixo.
Atenciosamente,
Olavo de Carvalho
Prezado Professor,
Não sei sequer o seu nome, mas sua conduta em classe é minha velha conhecida, já que repete fielmente a de milhares de outros professores universitários neste país.
Tenho dito e escrito, vezes sem conta, que há uma diferença essencial entre a ditadura militar e a presente ditadura petista, A primeira exercia algum controle da opinião pública através de medidas administrativas oficiais e explícitas, como por exemplo a censura nos jornais, feita por funcionários da Polícia Federal. Esse controle era frouxo, pois havia dezenas de semanários comunistas circulando livremente e as notícias censuradas na grande mídia eram freqüentemente liberadas depois. Na esfera editorial não havia controle absolutamente nenhum. Os vinte e um anos da ditadura foram, segundo comprovam os registros da Câmara Brasileira do Livro, a época de maior expansão e prosperidade da indústria do livro esquerdista no Brasil. Muitas editoras comunistas, a começar pela maior delas, a Civilização Brasileira, conforme me confessou seu próprio diretor, Ênio Silveira, recebiam substancial ajuda financeira do governo, interessado em seduzir uma parcela dos esquerdistas para que se afastassem dos grupos guerrilheiros armados.
Na presente ditadura petista, o controle é exercido por meio de uma rede enorme de militantes e idiotas úteis espalhados por todas as cátedras universitárias, redações de jornais, estações de rádio e TV e instituições culturais em geral, incumbidos de aí criar um ambiente de terror psicológico, por meio do achincalhe, do boicote e da humilhação pública de quem quer que ouse divergir da ortodoxia dominante.
Esse método, em substituição à censura oficial, foi preconizado por Antonio Gramsci e quem quer que o pratique é um agente da "revolução cultural" gramsciana. É um método eminentemente escorregadio e covarde, que só pode alcançar sucesso, como explicou o próprio Gramsci, camuflando a sua própria existência e dando a impressão de que as opiniões que estão sendo impostas brotam espontaneamente do consenso social, sem nenhuma fonte central ou comando, de modo que pouco a pouco o Partido se torne "um poder onipresente e invisível de um imperativo categórico, de um mandamento divino".
Não é preciso dizer que esse método é mil vezes mais opressivo e mil vezes mais eficiente do que qualquer censura oficial, já que neste caso as vítimas enxergam claramente o culpado pela situação, e naquele todos se vêm perdidos e desorientados, acossados e intimidados por um poder sem rosto, "onipresente e invisível".
Sua própria conduta em classe, professor, é a do típico agente desse poder, seja na condição de militante ou, mais provavelmente, de idiota útil. O senhor busca intimidar e humilhar os alunos que não sigam a cartilha oficial, no mesmo ato em que nega cinicamente que essa cartilha exista e que alguém esteja tentando impô-la a quem quer que seja.
Nada poderia ilustrar melhor a técnica de Antonio Gramsci, hoje aplicada persistentemente em todas as instituições de ensino no Brasil.
Sua conduta é a melhor prova daquilo cuja existência o senhor nega.
Não sei se, malgrado essa conduta dúplice e escorregadia, o senhor ainda conserva no coração algum resto do senso normal de honestidade que o gramscismo destrói em seus militantes, mas peço-lhe que não se vingue desta mensagem no aluno que é simplesmente o portador dela. O responsável por estas palavras sou apenas eu e não ele.
Atenciosamente,
Olavo de Carvalho

sábado, 16 de novembro de 2013

BRASIL...somos ou seremos?

Abaixo as características comuns aos regimes totalitários. Será que o Brasil de hoje pratica ou está praticando a maioria delas?
Será que dá para  reconhecer o  Brasil de hoje em algumas das características abaixo?



O autoritarismo possui as seguintes características para se manter no poder:

- Exclusividade do exercício do poder (Regime de partido único (e um partido de massas);
- Culto à personalidade do(s) líder(es) do Partido e do Estado(dominação carismática)
- Arbitrariedades.
- Enfraquecimento dos vínculos jurídicos do poder político.
- Alteração da legislação institucional criando regras para a auto manutenção do poder.
- Restrição substancial das liberdades públicas e individuais.
- Impulsividade nas decisões.
- Agressividade à oposição.
- Controle do pensamento (Censura aos meios de comunicação e expressão);
- Censura às opiniões (Intensa repressão a dissidentes políticos e ideológicos)
- Cerceamento das liberdades individuais.
- Cerceamento das liberdades de movimentação.
- Emprego de métodos ditatoriais e compulsórios de controle político e social.
- Burocratização do aparelho estatal(dominação legal);
- Intensa presença de propaganda estatal e incentivo ao patriotismo como forma de organização dos trabalhadores;
- Paranoia social e patrulha ideológica;
-  Busca de um inimigo em comum para justificar o endurecimento do regime.
- Centralização dos processos de tomada de decisão no núcleo dirigente do Partido Único.